Thursday, April 19, 2007

Espera

Só é possível escrever quando se soltam todas as amarras. É necessário sofrer a mais miserável das dores, ou ter a mais inabalável esperança para que uma folha em branco se preencha. Sem dores, no momento, mas agora, e sempre, muita esperança. Espero escolher o momento certo. Espero ter controle sobre o que solto indomável aqui, na folha em branco. Chego até quase ao ponto de não esperar nada em troca. Agora, o importante, no entanto, é que espero. E consigo, nos sonhos, ver a esperança realizada.
A espera, assim, nunca cansa. Muito melhor do que a ausência, não há aqui (ainda) lugar para desesperança.