Sunday, September 03, 2006

É De Lágrima (Marcelo Camelo)

É de lágrima
Que faço o mar pra navegar
Vamo lá!
Eu não vi, não, final
Sei que o daqui
Teimou de vir, tenaz assim
Feito passarim

É de mágica
Que eu dobro a vida em flor
Assim!
E ao senhor de iludir
Manda avisar, que esse daqui
Tem muito mais amor pra dar

Mesmo com tudo errado, tudo atrapalhado. Mesmo surrada, menosprezada. Mesmo por tudo, e apesar de tudo, tem alguma coisa em mim que não morre. E não é algo específico (não se iluda), mas sim universal. Um sentimento que, mesmo difuso, é duro como uma pedra em meu peito. Não o dou a um ou a outro, como pessoas individuais, mas as escolho para "aplicar" o sentimento. Que as ultrapassa em muito e muito. Em algumas, o sentimento chega e sossega por momentos. Em outras, ele briga por não se adaptar, mesmo querendo. E essas brigas, essas ilusões, não apagam o sentimento. Apagam a pessoa. É como se houvesse uma fonte inesgotável, imorredoura. Não adianta, sempre tem mais. Por mais que eu mesma não queira. Por mais cruéis que sejam as experiências, por mais lágrimas que encham o meu mar, sempre encontro uma maneira de dobrar a vida em flor.

No comments: